Aeroporto de Brasília será o primeiro do país ligado a sistema da Interpol

20/09/2006 - 20h31

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, será o primeiro do país a ter o Sistema Nacional de Procurados e Impedidos (Sinpi), da Polícia Federal, interligado como o banco de dados da Interpol, o I-24/7. Com isso, ganhará agilidade a busca de informações sobre pessoas procuradas internacionalmente, veículos e obras de arte roubados e levados para outros países, além do tráfico de mulheres e crianças. Até o final de outubro o sistema já estará concluído em Brasília e o próximo a recebê-lo será o aeroporto internacional Tom Jobim, do Rio de Janeiro. A previsão é implantar o sistema em todo o país. Segundo o delegado da Interpol, José Ricardo Botelho, oficial de segurança do I-24/7, há dois anos o sistema é utilizado pela Polícia Federal, mas não era interligado ao banco de dados da Interpol.De acordo com o delegado, a interligação vai permitir maior agilidade no Judiciário. “Se um juiz, por exemplo, decreta a prisão de alguém que está no exterior, há um trâmite burocrático muito grande. Com esse sistema pode ser colocado o nome da pessoa e imediatamente 183 países do mundo ligados à Interpol têm condições de detectar se aquela pessoa é procurada. E eles podem imprimir o documento e efetuar a prisão", explicou.O Brasil será o primeiro país da América Latina a ter o sistema interligado. Isso também dificultaria a entrada de criminosos, segundo Botelho, já que a polícia terá acesso automático a mais de 600 milhões de documentos do cadastro da Interpol.O delegado ainda informou que o novo passaporte brasileiro, com leitor óptico e 16 itens de segurança, facilitará a identificação de criminosos. O novo documento será emitido a partir de outubro. “Será um dos mais seguros do mundo. Quando uma pessoa com o novo passaporte passar por algum dos países que consulte o I-24/7, o sistema automaticamente verificará se ele é procurado. Muitos paises da Europa já utilizam esse recurso”.