Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O integrante da Secretaria Particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o assessor Freud Godoy, compareceu à superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo e negou as acusações de que estaria envolvido com a compra de documentos que envolveriam políticos do PSDB no esquema de fraudes das ambulâncias. O advogado Augusto Arruda Botelho acompanhou Godoy na Polícia Federal e relatou a conversa com os policiais.“Freud negou absolutamente e veementemente qualquer acusação de intermediação de pagamento. Nunca teve acesso a dossiê e explicou de onde conheceu o senhor Gedimar [Pereira Passos, ex-agente da PF preso na ação]”, resumiu Botelho. “Ele tem todo o interesse em prestar todo tipo de esclarecimento. O comparecimento dele é voluntário. Tomou conhecimento através da imprensa que seu nomes estava sendo ventilado nessa investigação e optou por livre e espontânea vontade a comparecer.”O advogado explicou que Freud Godoy conheceu o ex-agente Gedimar Pereira Passos há dois meses quando discutiram assuntos relacionados a uma empresa de segurança da mulher de Godoy, que prestou alguns serviços ao Partido dos Trabalhadores (PT). “Se encontraram duas vezes pessoalmente e trocaram três ou quatro ligações telefônicas”, disse.A Polícia Federal fez uma acareação entre o assessor da Presidência e o ex-agente da PF. Segundo o advogado, Gedimar não quis se pronunciar nem confirmar qualquer acusação sob a justificativa que não teria tido acesso ao inquérito. Indagado sobre quais seriam os motivos do envolvimento, Botelho respondeu que não sabia das causas. “Realmente não temos informação dessa acusação”. Na seqüência, ironizou. “As acusações muito mais se assemelham a de uma pessoa desesperada que está presa em uma situação difícil e procura aprontar com outras pessoas.”