Corte de servidores vai gerar à Câmara economia de quase R$ 50 milhões por ano

12/09/2006 - 23h23

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A demissão anunciada hoje (12) pelo presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), de 1.163 servidores da Casa que ocupam cargos de natureza especial (CNEs), vai gerar uma economia de R$ 47 milhões por ano, ou seja, R$ 3,6 milhões por mês. Segundo dados divulgados pela presidência da Casa, essa economia representará 40,17% dos R$ 117 milhões anuais gastos atualmente com o pagamento a 2.365 desses servidores.Do total de ocupantes de cargos de confiança, 1.018 serão exonerados até o dia 3 de outubro e os demais só deixarão as funções em janeiro, diante da necessidade de realização de concursos para o preenchimento desses cargos na área administrativa da  Casa. Com as demissões, a Câmara ainda ficará com 1.202 cargos de livre provimento, ou seja, nomeações sem concurso público.Excluídos os ocupantes de CNEs, a Câmara tem hoje cerca de 14 mil funcionários: 3.562 são servidores concursados do quadro da Casa e outros 10.671 são secretários parlamentares dos gabinetes dos 513 deputados. Esses cargos são de livre preenchimento pelos deputados.Mesmo com o enxugamento, o gabinete da presidência da Casa terá ainda o direito de nomear até 46 CNEs, e o primeiro e o segundo vice-presidente e os quatro secretários da Mesa Diretora poderão nomear até 33 pessoas, cada um. Os quatro suplentes da Mesa também terão direito a nomeações, 11 para cada um. O Conselho de Ética tem direito a cinco nomeações; o líder do governo no Congresso pode também nomear também cinco servidores; e o líder do governo na Câmara tem direito a 12 nomeações, enquanto o líder da minoria tem direito a 10.