Lino Rossi não comparece no Conselho de Ética do Senado

06/09/2006 - 1h04

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado Lino Rossi (PP-MT) enviou ofício ao Conselho de Éticado Senado informando que não compareceria à reunião do órgão. Odeputado foi uma das sete pessoas convidadas para depor hoje nocolegiado. Ele é testemunha no processo contra o senador Magno Malta(PL-ES), acusado de receber favores da empresa Planam, envolvida noesquema de venda superfatudrada de ambulâncias com recursosprovenientes de emendas ao Orçamento.No ofício, o deputado do PP afirma que no final de 2001 recebeu porempréstimo um veículo de Darci Vedoin, sócio da Planam, para campanhaeleitoral de 2002. Depois disso, em conversa informal com Maltamencionou a existência do carro.Segundo Rossi, o carro foi utilizado por Malta por aproximadamente um ano e meio e depois devolvido. "O senador me confidenciou as dificuldades financeiras pelas quaispassava e a necessidade de transportar a sua banda Gospel 'Tempero doMundo', pelas diversas regiões onde realizava shows. Por termos osmesmos princípios religiosos, ofereci, naquela oportunidade, o veículoque havia recebido por empréstimo, alertando-o, contudo que deveria serdevolvido assim que eu requisitasse", diz o ofício. O senador Romeu Tuma considerou um desrespeito o não comparecimentode Rossi ao Conselho de Ética e pediu que a Comissão Parlamentar Mistade Inquérito dos Sanguessugas o convoque a depor. O Conselho de Éticanão tem poder de convocação. "Acho que não podia ter se negado.Moralmente é um choque", disse. "Não é bom para Magno Maltaque ele não venha. É uma testemunha importante." De acordocom Tuma, o deputado deve informar como conseguiu o carro  Além da CPI, o relator do processo contra Malta,senador Demóstenes Torres, quer que Lino Rossi seja ouvido também naPolícia Federal e no Ministério Público.