Tesouro espera crescimento maior da economia no segundo semestre

14/08/2006 - 17h48

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo federal trabalha com o objetivo de fechar o anocumprindo a meta programada de superávit primário (diferença entre receitas edespesas, exceto o pagamento dos juros), de 4,25% do Produto Interno Bruto(PIB). A afirmação foi feita nesta segunda-feira (14) pelo secretário doTesouro Nacional, Carlos Kawall.Segundo ele, todos os esforços estão sendo feitos nestesentido e os resultados divulgados até agora apontam consistentemente para ocumprimento da meta fixada.“Do lado do Tesouro Nacional todas as decisões dedesoneração são e estão sendo feitas em consonância com a meta fiscal. Desteponto de vista nós temos tranqüilidade de que elas continuarão sendo tomadas emlinha com a obtenção do superávit primário”, afirmou.Kawall rebateu setores da economia que vêm criticandoalgumas medidas tomadas pelo governo federal e que estariam comprometendo osobjetivando de se atingir o superávit de 4,25% do PIB.“Como temos dito, a trajetória hoje é compatível com o cumprimentoda meta e, se necessário, faremos ajustes para garantir essa meta. Ela já foi cumpridaem circunstâncias macroeconômicas mais adversas do que a deste ano, com taxasde crescimento mais baixas”, disse. O secretário do Tesouro admitiu a possibilidade de se fazerajustes e cortar gastos para se alcançar o objetivo traçado. “A regra continuasendo a mesma. Faz-se o esforço necessário para garantir o superávit,dependendo sempre de qual é o crescimento da economia e das receitas. Se houverum crescimento abaixo do esperado, você tem que fazer ajuste nas despesas paragarantir o superávit traçado”, afirmou.Carlos Kawall, no entanto, afirmou que acredita em umcrescimento maior da economia brasileira neste segundo semestre do ano. “Osdados da produção industrial de junho, por motivos até compreensíveis, ficaramabaixo do esperado. Mas estamos otimistas, sim, com um desempenho melhor da economiae das receitas agora em julho”.Segundo o secretário, já há, inclusive, alguns indicadoressinalizando para o crescimento das receitas. “Há alguns indicadores jámostrando esta recuperação e acreditamos que a economia registrará um ritmo decrescimento maior neste segundo semestre”, adiantou.