Termina amanhã prazo da prisão dos detidos pela Operação Saúva

14/08/2006 - 13h44

Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Termina amanhã (15) o prazo da prisão temporária dos 30 militares, empresários e funcionários públicos detidos pela Polícia Federal na sexta-feira (11), na chamada Operação Saúva. O empresário José Maurício Gomes de Lima, que estava foragido, se entregou aos policiais apenas no sábado (12) – por isso, pode continuar preso até quarta-feira (16). “Só falta executar um mandado de prisão [a Justiça Federal havia concedido 32, no total]: o do militar [o capitão do Exército Quintas], que está na França”, informou hoje (14) à Radiobrás o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Kércio Pinto. “O delegado Cavalcante [Jossenildo Cavalcante, chefe da Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal] se reunirá hoje com o Ministério Público Federal, para decidir de quem será pedida a prorrogação da prisão temporária ou a transformação em prisão preventiva”, informou Pinto. “Aqueles que colaboraram com as investigações serão soltos, porque existe o benefício da delação premiada”.  Pinto afirmou ainda que 12 delegados federais continuam a tomar hoje os depoimentos dos presos pela Operação Saúva. O delegado esclareceu que a prisão temporária dura cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período. Já a prisão preventiva não tem prazo pré-estabelecido – fica a cargo do juiz decidir se a detenção do acusado antes do julgamento é necessária. A Operação Saúva foi uma ação conjunta da Polícia Federal, da Receita Federal e do Ministério Público Federal. Ela revelou uma quadrilha que fraudava licitações para aquisição de alimentos – superfaturando preços, por meio da abertura de empresas fantasmas, e fornecendo produtos vencidos.  As compras investigadas somaram R$ 126 milhões, no período de um ano – e envolveram as esferas federal (Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, e Exército Brasileiro), estadual (governo do Amazonas) e municipal (prefeituras de Manaus e de Presidente Figueiredo, no Amazonas).