Crise na segurança pública é cíclica, diz secretário do Ministério da Justiça

14/08/2006 - 16h57

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao participar hoje (14) da abertura do 1º Encontro Nacional dos Líderes de Associações e Sindicatos da Polícia, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto, disse que a crise na segurança pública é cíclica. Para ele, mais do que combater as situações pontuais, é preciso garantir que as ações para melhoria da segurança pública sejam permanentes. “Eu tenho 23 anos de Ministério da Justiça, sou um funcionário concursado, e já vi sempre essas crises de segurança pública. O problema está muito mais no que fazer entre as crises”, afirmou Barreto. “O importante é, no momento de calma e tranqüilidade, ter os paradigmas, os parâmetros para construir uma polícia melhor, para construir instituições de segurança mais sólidas, mais confiáveis”.Barreto disse que, para a construção das políticas e ações de segurança pública, é preciso ouvir os envolvidos nesse processo. “Não se faz política de segurança pública em gabinetes, com teorias, ela se faz na prática ouvindo e buscando essas soluções junto ao homem que vive no dia-a-dia e que tem a percepção exata do que acontece no seu município, no seu estado”.Segundo o secretário-executivo, com base nesse entendimento foram nomeados técnicos e especialistas para chefiar os órgãos de segurança pública federais, como a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.O secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, acrescentou que a articulação das instituições federais e estaduais é importante para o combate à criminalidade. “A secretaria vem trabalhando com a inteligência, mapeando uma plena articulação com as inteligências estaduais exatamente para que haja uma atuação sistêmica de Estado e não reativa e pontual”, afirmou.