Lista de acusados por CPI não separa parlamentares segundo as provas encontradas

11/08/2006 - 0h39

Iolando Lourenço e Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os 72 parlamentaresapontados pela CPI dos Sanguessugas por envolvimento fraudulento decompra de ambulâncias têm diferentes provas contra eles.A lista não classifica os suspeitos segundo as provasencontradas, sejam extratos bancários ou depoimentos contraeles. Tanto que uma das discussões mais acirradas da CPIocorreu antes do fechamento do relatório na Biblioteca doSenado ao definir os critérios para escolher a forma citar osdeputados e senadores.O relator senador AmirLando (PMDB-RO) pretendia dividir os 90 parlamentares notificados emtrês grupos: um com provas contundentes, outro com provas de"menor grau", que demandariam mais investigações,e um terceiro com inocentes. Apenas o primeiro grupo poderia ter osnomes encaminhados ao Conselho de Ética. Na reunião foidecidido que não importaria o "tamanho" das provas,e a defesa seria feita no Conselho de Ética.De acordo com orelator, nem todos os 72 aparecem como recebedores de propina paracompra superfaturada de ambulâncias. "Tem caso de propina,tem casos que não é uma questão de propina. Têmalguns que apontam para ter recebido alguma vantagem ilícitaem razão do exercício do cargo. Agora tudo isso seráapreciado dentro de um processo amplo, onde todos terãooportunidade de exercer direito de defesa", disse.Ele explicou que essesparlamentares terão chance de ampla defesa nos Conselhos deÉtica. "A instauração do contraditórioacontece no Conselho de Ética, que é o fórumadequado", acrescentou.Lando disse que suamissão em relação aos parlamentares investigadosterminou com a aprovação do relatório. "Daquipara frente sai da minha órbita de responsabilidade. Daquipara frente sai da minha órbita de responsabilidade. Cada umtem que tomar providência que julgar necessária."Segundo ele, durante o período pré-eleitoral ostrabalhos da CPI serão mais "contidos", mas deverãoser retomados de forma mais ampla.