Mesa Diretora proíbe depoimentos de presos na Câmara

12/07/2006 - 23h30

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Mesa Diretora da Câmara aprovou hoje (12) ato que proíbe a realização de depoimentos, nas dependências da Casa, de pessoas que estejam presas. A proposta, apresentada pelo presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi acatada por unanimidade. E prevê que as comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que quiserem ouvir algum preso devem tomar os depoimentos nos presídios ou nos locais em que a Justiça autorizar. A medida foi aprovada porque a Casa não dispõe de condições para esses depoimentos, que geralmente despertam a curiosidade de muitas pessoas. A última tentativa de se tomar depoimento de um preso nas dependências da Câmara foi da CPI do Tráfico de Armas, que queria ouvir o suposto chefe da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola. Na ocasião, Aldo Rebelo protestou e Marcola foi ouvido no presídio de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. Aldo chegou a afirmar que não admitiria a presença de presos na Casa. Também na reunião de hoje, a Mesa Diretora da Câmara decidiu arquivar a representação feita contra o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), que teria ofendido o senador Delcidio Amaral (PT-MS), presidente da CPMI dos Correios, por ocasião da votação do relatório final. Outra decisão tomada pela Mesa foi o arquivamento do processo contra o deputado Francisco Rodrigues (PFL-RR) acusado de gastar com combustíveis praticamente toda a verba indenizatória a que tem direito (R$ 15 mil).