Senador sugere indiciamento de Waldomiro Diniz e Carlinhos Cachoeira nos casos Gtech e Loterj

08/06/2006 - 18h10

Luciana Vasconcelos e Ana Paula Marra
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), sugeriu no documento final das investigações, o indiciamento do ex-sub-chefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz, no caso da renovação do contrato da Getch com a Caixa Econômica Federal, e no caso sobre a Loteria do Rio de Janeiro (Loterj), que foi um dos primeiros fatos que levou à criação da CPI. A denúncia revelou um esquema de propinas envolvendo o mercado de jogos no Rio de Janeiro. O pedido de indiciamento do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, também conhecido como "Carlinhos Cachoeira", também foi incluído nos casos Getch e Loterj.

O senador também pediu o indiciamento do advogado Rogério Tadeu Buratti, ex-secretário de Governo de Palocci durante sua gestão na prefeitura de Ribeirão Preto, por envolvimento nas investigações do caso Caixa/Getch e também por possível participação em um esquema de cobrança de propina das empresas de lixo da cidade de Ribeirão Preto. Garibaldi pede, ainda, o indiciamento de um dos donos da empresa de coleta de lixo Leão Leão, o empresário Luiz Cláudio Ferreira Leão, por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa.

No relatório, o senador Garibaldi Alves afirma que ficou demonstrada a existência de fraude na varrição efetuada no município de Ribeirão Preto durante a administração do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Segundo o documento, o esquema funcionava da seguinte forma: a empresa Leão & Leão apresentava uma medição da varrição sempre superior à constatada pela fiscalização do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto. Ao todo, o relatório final da CPI dos Bingos pediu o indiciamento de 79 pessoas e quatro em empresas.