Para Anac, é prematuro prever fracasso de leilão ou falência da Varig

08/06/2006 - 16h55

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse hoje (7), ao sair do leilão da Varig, que é prematuro afirmar que a operação fracassou porque só teve uma proposta para compra dos ativos da empresa aérea, formulada pela NV Participações, que representa os trabalhadores da Varig.

Do mesmo modo, Zuanazzi avaliou que não se pode falar em falência ainda. "Seria uma irresponsabilidade", declarou. O presidente da Anac vai aguardar a decisão da Justiça em relação à única proposta formulada para compra da Varig Operacional, que inclui as rotas domésticas e internacionais da companhia, ao preço de R$ 1,010 bilhão, para depois se pronunciar formalmente.

Zuanazzi ressaltou, porém, que a Anac já tem um plano de contingência para ser adotado em uma situação de emergência, como a decretação de falência da companhia . O presidente da Anac não quis fornecer maiores detalhes, preferindo aguardar até o encerramento do prazo previsto no edital de venda dos ativos da Varig, que é de 24 horas após o leilão, para definição da Justiça em relação à proposta apresentada pelo investidor interessado.

Ele se mostrou preocupado com a proximidade da data-limite dada pelo juiz Robert Drain, da Corte de Nova Iorque, para proteção aos aviões da Varig contra arresto pelas empresas de leasing norte-americanas. O prazo da liminar concedida por Drain expira na terça-feira (13).