Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife - As chuvas que caíram nas últimas 24 horas em Recife, Olinda e Jaboatão provocaram alagamentos de ruas, deslizamentos de barreiras, interrupção do fornecimento de energia, queda de árvores, engarrafamentos e transtornos a população. Muita gente teve dificuldade de se deslocar até o local de trabalho. Foram notificadas 231 ocorrências.

Em Olinda, um funcionário de um cartório morreu eletrocutado ao tentar atravessar uma rua alagada segurando em um pôster de iluminação pública. Uma estudante também ficou ferida por causa da queda de uma árvore, que atingiu o carro dela na Avenida Agamenon Magalhães, no centro da capital.

A comissão de Defesa Civil registrou 157,5 milímetros de precipitação pluviométrica entre as 19 horas de terça-feira e às 17hs de ontem (7). A média histórica do mês de junho é de 400 milímetros de chuva. Dados da Secretaria Nacional de Defesa Civil indicam continuidade das chuvas no litoral e região metropolitana nos próximos 10 dias.

"É importante que a população saiba do alerta meteorológico e fique atenta para, em caso de emergência, ligar para o plantão da Codecir", destaca a coordenadora de Defesa Civil do Recife, Codecir, Nina Macário.

O chefe da previsão do tempo do Serviço de Meteorologia, Ednaldo Araújo, explicou que as chuvas deste mês são decorrentes de nuvens que se formam no oceano Atlântico devido à elevação da temperatura das águas e se deslocam para o litoral, trazidas pela força dos ventos. Segundo ele, ainda vão ocorrer chuvas intensas, com alagamentos em Pernambuco, nos próximos três meses.

No ano passado, as chuvas dos primeiros dias de junho causaram transbordamento de rios e enchentes em Recife, Caruaru, Vitória de Santo Antão e Jaboatão dos Guararapes, deixando milhares de pessoas desabrigadas.