Coordenadora do MST diz que famílias não foram avisadas de despejo em engenho em Pernambuco

07/06/2006 - 16h27

Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife – A coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Ana Maria Moraes disse que houve irregularidade na forma de despejo de 150 famílias que há quatros anos vivem no engenho Pereira Grande, município de Gameleira, zona da mata de Pernambuco.

A desocupação da áerea ocorreu hoje (7), mobilizando cerca de 100 policiais militares e um oficial de Justiça. Moraes contou que os trabalhadores - que deveriam ter sido avisados com 15 dias de antecedência, como determina a lei - foram surpreendidos com a chegada dos policiais, que cercam o assentamento, destruíram barracos e acabaram com plantações de subsistência. As famílias estão provisoriamente no assentamento Margarida Alves, também em Gameleira.

O engenho Pereira Grande pertence à Usina Estreliana e teve imissão de posse concedida pela Justiça ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) por duas vezes, mas o proprietário das terras recorreu e foi favorecido.