Adriana Franzin
Da Agência Brasil
Brasília – Continuam em greve os funcionários públicos da Fundação Nacional do Índio (Funai) e dos ministérios da Fazenda, Planejamento, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Agricultura. Amanhã (18), os servidores começarão uma vigília de três dias em frente ao Palácio do Planalto na qual permanecerão das 11 às 17 horas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsef), Ricardo Jácome, a proposta feita pelo governo no último dia 12 não foi diferente da anterior: "Nós apresentamos uma contraproposta ao governo e esperávamos que o governo apresentasse alguma novidade, mas só foram discutidas perspectivas de se abrirem os debates sobre o plano de carreira".
Jácome ressaltou que essa greve ainda é conseqüência da indignação dos funcionários em relação ao descumprimento de acordos relativos aos planos de carreiras, por parte do governo, feitos no ano passado.
Segundo o presidente do Sindsef , haverá amanhã uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes dos ministérios do Planejamento e da Casa Civil para discutirem a situação dos servidores. "Nós esperamos que, a partir dessa reunião, haja uma evolução na proposta do governo, por isso, faremos a vigília", salientou. De acordo com ele, a estimativa é que mil funcionários do Distrito Federal e de outros estados compareçam à manifestação.
A assessoria da Sindsef informou que Lula convocou a reunião em função dos protestos feitos pelos funcionários durante a visita da presidente do Chile, Michelle Bachelet.
Segundo a assessoria da Sindsef, amanhã, às 10 horas, haverá também uma assembléia dos servidores do Ministério da Saúde, que pode decidir um retorno à greve. No último dia 5, os servidores da Saúde, da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e do Ministério da Previdência Social retornaram aos trabalhos depois de terem paralisado as atividades por 21 dias.