Érica Santana
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Cultura, Gilberto Gil, esclareceu por meio de nota que o cordel lido por ele ontem (29) durante a aula inaugural para os alunos do curso de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), "não expressa a sua opinião no debate governamental sobre TV Digital". Ele também reiterou o pedido de desculpas ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, que teria se ofendido com a leitura.

O texto, intitulado "Brasileiros atenção – O cordel da TV Digital", foi escrito pela jornalista de Recife, Luciana Rabelo, e tem duras críticas ao posicionamento de Hélio Costa em relação ao padrão de TV Digital a ser adotado pelo Brasil.

A nota explica que a leitura do cordel pode ter duas interpretações. Uma, no contexto da aula, na qual Gilberto Gil "falava sobre Democracia e a necessidade de os governantes tratarem as críticas com tranqüilidade, apontando o texto como um dos exemplos das diversas formas de manifestação expressadas pela sociedade em um governo democrático".

Outra leitura que poderia ser feita, segundo Gil, é fora do contexto, no qual "a leitura pode parecer uma indelicadeza com o ministro das Comunicações, Hélio Costa".

Gil esclareceu que não tinha a intenção de ofender Costa e que "não conhecia a íntegra do conteúdo do cordel". A nota diz ainda que "ao se dar conta das referências ao ministro Hélio Costa, preferiu não censurar o texto, já que se tratava de uma aula sobre Democracia e que, enquanto ministro do governo, chamava a atenção para se construir uma cultura de escuta e tolerância, mesmo quando as críticas e manifestações ultrapassam certos limites".