Suspeita de que denúncia foi orientada é "imaginação", diz advogado de caseiro

28/03/2006 - 20h37

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O advogado do caseiro Francenildo Costa, Wilício Chaveiro Nascimento, disse ser "imaginação" pensar que houve qualquer tipo de orientação para que seu cliente fizesse acusações ao ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "Se houve conspiração, foi conspiração divina", disse. Wlício.

O requerimento convocando o caseiro para falar na Corregedoria é de autoria do senador Almeida Lima (PMDB-SE). Ele justificou o requerimento em virtude da senadora petista, Ideli Salvatti (SC), ter levantado suspeita de que senadores da oposição teriam influenciado o caseiro a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos.

Francenildo disse, em depoimento na Corregedoria do Senado, que esteve na casa por apenas três vezes. Na primeira, esteve no gabinete do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), onde foi por intermédio de indicações, com o objetivo de procurá-lo para testemunhar sobre as idas de Antônio Palocci à mansão em Brasília alugada por seus ex-assessores na época em que era prefeito de Ribeirão Preto. Segundo o caseiro, foi Antero Paes de Barros que o aconselhou a procurar o jornal O Estado de São Paulo, onde fez as suas declações contra Palocci pela primeira vez. A segunda vez em que esteve no Senado foi para depor na CPI dos Bingos,no último dia 16; e a terceria vez seria hoje, para prestar esclarecimentos à Corregedoria.

Francenildo diz ter visto Palocci em casa alugada em Brasília por Vladimir Poleto por "dez ou 20 vezes". Poleto foi um dos assessores de Palocci, na época em que ele foi prefeito de Ribeirão Preto (SP). Atualmente, o ex-assessor é investigado pela CPI por suspeita de tráfico de influência no governo.