Para vice-gerente da missão americana, vôo de brasileiro amplia a cooperação internacional no espaço

28/03/2006 - 15h45

Flávio Dieguez
Enviado especial

Baikonur (Cazaquistão) – "Quanto maior é o número de países que participam de missões à Estação Espacial Internacional (ISS), maior é a chance de ela se tornar um posto permanente de trabalho no espaço". A afirmação foi feita hoje (28) pela manhã na base espacial russa de Baikonur, no Casaquistão, Kirk Chairman.

Ele é o segundo no comando do vôo do americano Jeffrey William, que subirá a bordo da nave Soiuz juntamente com o brasileiro Marcos César Pontes e o russo Pavel Vinogradov. William e Vinogradov deverão permanecer em órbita por seis meses, a duração normal das missões à estação.

Chairman disse que a participação do Brasil na atual missão, mesmo que por um período relativamente curto, contribui para ampliar a cooperação internacional e fortalecer o projeto da ISS.

Jeffrey e Vinogradov são veteranos do espaço. Jeffrey viajou no ônibus espacial antes de ele interromper os vôos regulares à Estação Internacional. Vinogradov permaneceu mais de seis meses na ISS entre 1997 e 1998.

Para Chairman, a cooperação é importante para que se retome a montagem da Estação Internacional. Ela está operacional, atualmente, mas foi planejada para aumentar de tamanho à medida que novos módulos são acrescentados à sua arquitetura.

Desde que o ônibus espacial interrompeu o seu serviço regular, não houve mais acréscimos à ISS, que tem, aproximadamente, o tamanho de um campo de futebol e pesa mais de 100 toneladas.

*A viagem do enviado especial é resultado de parceria entre a Radiobrás e o Ministério de Ciência e Tecnologia