Diretora da Fecomércio diz esperar que sinais de melhora sustentada da economia continuem

28/03/2006 - 16h01

Rio, 28/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - A diretora do Instituto Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), Clarice Messer, afirmou hoje, ao comentar a posse de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, que o Brasil já ultrapassou a barreira de ver mudanças gerando graves crises. "Já viramos essa página", disse Clarice.

Segundo a economista, com a posse de Mantega, poderão ocorrer oscilações em relação ao dólar e à questão do risco e no mercado de capitais. "Não poderia ser de outra forma. Alguma oscilação sempre há", afirmou Clarice, ressaltando, porém, que não há sinal de crise. Ela disse que a expectativa do Instituto Fecomércio é que os sinais de melhora sustentada da economia continuem.

"O comércio tem dado sinais de melhora nos últimos meses, o que não fazia há algum tempo com um certo vigor. Isso tem sido verdade para o comércio, para o emprego, para a inflação, para a renda habitualmente recebida, que é medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)", lembrou a economista. Para ela, o comportamento desses indicadores não deverá mudar nos próximos meses: "Acho que a base de sustentação foi já colocada".

Para a economista, apesar do discurso de Mantega em defesa da queda taxa básica de juros (Selic), enquanto presidiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dificilmente o novo ministro da Fazenda terá alguma influência sobre as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a quem continuará cabendo a palavra final sobre o tema. "Não imagino que seja a mudança de ministro que fará com que o BC não faça o seu trabalho".