Desemprego no campo começa a diminuir, afirma Marinho

23/02/2006 - 13h48

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O setor agropecuário praticamente dobrou em janeiro a abertura de postos de trabalho com carteira assinada em relação a janeiro de 2005. No mês passado, foram criadas 7.953 novas vagas de trabalho, um aumento de 96% em relação ao mesmo período no ano passado, quando foram gerados 4.060 postos.

"A agropecuária em 2005 passou por um processo de queda praticamente constante durante o ano todo, e inicia agora um processo de recuperação", afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Os dados estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (23) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os setores de serviços, construção civil e indústria da transformação também apresentaram crescimento no mercado formal de trabalho em janeiro de 2006. No setor de serviços, foram criados 40.009 mil postos de trabalho, uma alta de 0,37% em relação janeiro de 2005. Desse total, 20.987 postos foram abertos nos serviços de alojamento e alimentação. O aumento tem influência do aumento do fluxo de turistas em janeiro.

Na construção civil, foram criados 21.244 postos de trabalho, uma alta de 1,82%. Esse foi o melhor resultado já alcançado no mês de janeiro de toda a série do Caged. "A minha expectativa para 2006 é que a construção civil fique melhor ou igual ao que foi em 2005. Esperamos que o mês de janeiro aponte o que será a construção civil em 2006", disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

A indústria de transformação abriu 19.408 vagas, um aumento de 0,31% em relação a janeiro de 2005. "No ano de 2005 ela teve uma queda grande, e nós avaliamos aqui a taxa Selic influenciou pesadamente na indústria de transformação. Ela inicia um processo de recuperação agora, e eu espero que ela venha ter um processo de crescimento no decorrer do ano de 2006", afirmou o ministro.

O comércio foi o único setor da economia que eliminou postos de trabalho em janeiro de 2006. Foram 5.211 vagas a menos, uma queda de 0,09%. A diminuição das vagas nos setor se deve à dispensa de empregados contratados para o final do ano.