Doceira do Pará comemora garantia de emprego e renda

16/02/2006 - 18h57

Brasília, 16/2/2006 (Agência Brasil - ABr) - Diante das dificuldades para conseguir emprego, a paraense Joana Mota encontrou na arte de cozinhar e de costurar a saída para o sustento. Fazia doces, roupas a até arriscou montar um salão de beleza. Mas, mesmo com uma jornada diária pesada, não conseguia lucrar o suficiente com o que produzia.

"Sempre fui batalhadora, aprendi com a minha mãe. O problema é que sozinha é muito difícil", conta. Como também tem o espírito de liderança, motivou outras mulheres do bairro de Tapanã, em Belém, a produzirem juntas doces e comidas típicas da região. Foi quando, há um ano e meio, nasceu a Paramazoncoop, uma cooperativa de alimentos composta por 25 mulheres. A especialidade são os bombons de cupuaçu, bacuru, açaí e outras frutas amazônicas.

Cada doceira chega a lucrar uma média mensal de um salário mínimo. "Para quem chegava ao fim do mês sem perspectiva, é muito", comemora Joana.

A Paramazon é o exemplo de um bem-sucedido empreendimento de economia solidária, que atualmente atinge 1,5 milhão de trabalhadores em 15 mil empresas, conforme dados da Secretaria de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. "A economia solidária nos deu condições de ter um trabalho e de ter renda", acrescenta a doceira.