Para promotor, morte de Dorothy Stang foi um ''divisor de águas''

12/02/2006 - 7h41

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A morte da missionária norte-americana Dorothy Stang "foi um divisor de águas", analisa o promotor da Justiça do estado do Pará, Lauro Freitas. "Nos crimes que vierem a acontecer depois, com certeza será utilizado o mesmo método: uma união de forças entre Polícias Civil e Federal, Ministério Público e Poder Judiciário para que sejam elucidados", disse em entrevista à Agência Brasil

Sobre a demora no julgamento de outros casos semelhantes aos de Dorothy, o promotor explica que ocorre devido "à distância e o tamanho do Pará. Muitas vezes as testemunhas são difíceis de serem localizadas. Muitas vezes usamos Carta Precatória para um outro juiz ouvir a testemunha", disse. Além da dificuldade em localizar as testemunhas, há crimes que são de difícil elucidação. "A polícia passa muito tempo investigando todos os envolvidos."

De acordo com o promotor, a morte de Dorothy Stang teve vários elementos que facilitaram a investigação. "Tínhamos os executores logo depois da morte, a investigação muito bem feita pela Polícia Civil e Federal foi devida à descoberta dos mandantes e, além disso, o Ministério Público do Pará deu prioridade ao caso."