População mais bem informada é maior consumidora de genéricos, diz executiva

09/02/2006 - 8h34

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - Atualmente, a parcela da população que mais consome genéricos no Brasil é aquela mais bem informada sobre o assunto, e está localizada na região Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo. A informação foi dada à Agência Brasil pela diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), Vera Valente.

Segundo ela, a menor procura se observa nas regiões Norte e Nordeste. "O maior desafio é que a informação chegue até aquela pessoa que mais precisa e não tem tanto acesso às notícias, para que ela saiba que existe o medicamento genérico que vai ajudá-la e pode ser entre 70% e 80% mais barato", disse Vera. Ela lembrou que só é genérico o remédio que apresenta a faixa amarela com o G maiúsculo azul na embalagem.

A análise do impacto do genérico no tratamento de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, alteração de colesterol, que afetam pessoas de mais idade, constatou que o mercado de substâncias que tratam desses problemas aumentou, em alguns casos, cerca de 150%, em função da venda dos genéricos, informou Vera.

As empresas associadas à PróGenéricos, representativas dos nove maiores laboratórios instalados no país, respondem por mais de 90% do mercado de genéricos, com capacidade de produzir 250 milhões de unidades por ano. A capacidade de produção do mercado global de genéricos brasileiro é de até 300 milhões de unidades anuais.

Os genéricos mais produzidos são antibióticos, antiinflamatórios e remédios para doenças crônicas, como diabetes, colesterol e hipertensão, cujo uso é previsto diariamente, até o final da vida.