Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife – A juíza Dulceana Maciel de Oliveira, do município de Gameleira, revogou hoje (9) o pedido de prisão preventiva expedido contra cinco militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A detenção havia sido determinada semana passada por Antônio Carlos Santos, juiz substituto da cidade, que fica a 99 quilômetros da capital pernambucana.

A decisão atendia a um pedido do Ministério Público, acusando os cinco militantes de ocuparem o engenho Pereira Grande, pertencente à Usina Estreliana, e de atearem fogo no canavial, em maquinários agrícolas e em uma motocicleta.

Apenas o trabalhador José Bernardo estava detido, no presídio de Palmares, mas já se encontra em liberdade. A juíza alegou que os denunciados, possuem residência fixa, profissões definidas e compareceram aos interrogatórios quando intimados, exceto o coordenador regional do MST, Jaime Amorim, que apresentou justificativa de ausência e solicitou que fosse designada nova data para prestar esclarecimentos a justiça.

Amorim, juntamente com Severino Herculano, Vilma Maria, José Bernardo e Ivaldo Martins irão responder ao processo em liberdade e deverão comparecer ao Fórum de Gameleira no próximo dia 21, acompanhados dos advogados, para audiência de interrogatório. A juíza disse que se ficar comprovado que os trabalhadores foram responsáveis pelos delitos serão aplicadas as penalidades legais.