Ministros e sindicalistas se reúnem por três horas e não fecham acordo sobre reajuste do mínimo

11/01/2006 - 16h37

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ministros e lideranças das principais centrais sindicais do país que se reuniram hoje (11) para discutir o novo valor do salário mínimo não conseguiram chegar a um acordo sobre o reajuste após quase três horas de negociação.

Diante da impossibilidade colocada pelo governo para chegar à proposta dos sindicalistas de elevar o mínimo dos R$ 300 atuais para R$ 360, os líderes apresentaram uma outra opção: que o mínimo fique em R$ 350, mas o aumento seja antecipado para o mês de março. Eles também reivindicam a mudança da data-base de reajuste para janeiro, medida que passaria a valer a partir de 2007.

Outra proposta apresentada pelas centrais sindicais foi a correção em 10% da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, o governo admite chegar a até 7% de correção.

Participaram das negociações os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, da Previdência Social, Nelson Machado e o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci. Representado os sindicalistas estavam, entre outros, João Felício e o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, para quem a aprovação da proposta pelo governo significaria uma vitória para todos.

De acordo com Luiz Marinho, a decisão caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na quinta-feira (19), os ministros devem se reunir com o presidente para discutir a proposta apresentada pelos sindicalistas. "Estamos trabalhando para chegar a um acordo já na quinta-feira", disse.