Este ano, 2 mil jovens do Distrito Federal devem participar de Consórcio Social da Juventude

04/01/2006 - 14h16

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Dois mil jovens de baixa renda do Distrito Federal e Entorno passarão por cursos técnicos este ano, sendo que pelo menos 800 deverão ser inseridos no mercado de trabalho. A expectativa é do secretário executivo do Consórcio Social da Juventude do Distrito Federal e Entorno, Sidiclei Patrício. Ao todo, 11 mil jovens se inscreveram para participar dos cursos e a seleção deve ser feita na semana que vem.

O consórcio é um programa do Ministério do Trabalho e Emprego que capacita jovens de 16 a 24 anos com renda familiar per capita de até meio salário mínimo. Para o Distrito Federal e Entorno, o governo federal liberou R$ 3,1 milhões, a serem investidos em cursos que oferecem aulas de informática, reforço escolar, noções de cidadania, além de oficinas na área de serviços, como garçom, telemarketing e auxiliar administrativo. A previsão é que as aulas comecem na segunda quinzena de janeiro e terminem em meados de maio.

No Distrito Federal, o consórcio é formado por 23 organizações da sociedade civil, que são responsáveis pela inscrição e capacitação dos jovens. "A capacitação e a inserção são feitas por meio de parcerias com empresários no mercado de trabalho formal", explicou Patrício. Segundo ele, 96 empresas de pequeno, médio e grande portes são parceiras. "Elas oferecem parte das vagas que estão abrindo e para as quais iriam colocar anúncios nos classificados ou nos meios tradicionais de recrutamento e seleção", destacou.

Patrício lembrou que as empresas também se beneficiam com a parceria. "As grandes mostram para seu cliente que estão interessadas na responsabilidade social", avaliou. As pequenas, acrescentou o secretário, recebem do governo federal um incentivo financeiro por cada jovem que contrata pelo programa.

De acordo com o secretário, o programa consegue inserir 40% dos participantes no mercado de trabalho, nos primeiros dois meses após a qualificação. "Com o tempo, esse número pode chegar a 60%. Quem não é inserido, volta a estudar, aprende um conjunto de técnicas, tem sua auto-estima elevada e um novo rumo em busca de seu primeiro emprego", avaliou. Ele ressaltou, ainda, que os participantes conseguem emprego em menos tempo em relação a quem não participa do programa. "Apenas 3% dos jovens que procuram uma agência de colocação conseguem inserção no mercado. E eles levam um tempo maior, em torno de 50 semanas. A gente consegue um índice quase dez vez maior e em um tempo menor, de quatro meses", avaliou.