Parceria entre Petrobras e Sipam apressará implantação de políticas públicas

17/12/2005 - 8h50

Nielmar de Oliveira
Enviado especial

Manaus - A parceria de cooperação técnico-científica entre a Petrobras e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) vai permitir a difusão de informações que vão agilizar a implantação de políticas públicas essenciais para a região.

A informação consta de publicação distribuída pela Petrobras no último dia do 1º Congresso Internacional de Piatam (Potenciais Riscos Ambientais da Indústria do Petróleo e do Gás na Amazônia), realizado nesta semana. Intitulada Cadernos Petrobras: Amazônia, o caminho da energia no coação da floresta", a publicação traz balanços e conclusões de pesquisadores, técnicos e cientistas nos cinco anos de existência do Projeto Piatam.

O acordo Petrobras-Sipam tem como objetivo o desenvolvimento de estudos conjuntos para o intercâmbio do conhecimento. Segundo os coordenadores da publicação, coloca à disposição do Projeto Piatam, das Forças Armadas e de entidades ambientais e de pesquisa da região desde aeronaves de sensoriamento remoto dotadas de radares Sar – capazes de vencer as barreiras permanentes de nuvens que encobrem a região –, até infra-estrutura de telecomunicações para transmissão de dados com tecnologia de ponta.

As informações indicam, ainda, que 200 plataformas de coletas de dados vão calibrar os modelos computacionais de processos socioambientais. Além disto, os radares geradores de imagens do Sipam, de origem canadense e instalados em aeronaves da Embraer, permitirão um amplo monitoramento – desde a abertura de pequenas trilhas na mata e de áreas de queimadas até a movimentação de embarcações de pesca.

Com isso, qualquer atividade de desmatamento na rota do gasoduto Coari-Manaus poderá ser detectada a tempo de permitir a ação da Petrobras para evitar riscos humanos e ambientais, avaliou o geólogo Fernando Pellon de Miranda, coordenador pela Petrobras do Projeto Piatam.