Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – De terça a sexta-feira da próxima semana, oito mil pessoas são esperadas para um encontro na capital federal. Na pauta de discussões, a definição de metas para construir "o Brasil que queremos" – como diz o lema do encontro.
A Assembléia Popular: Mutirão por um Novo Brasil é organizada pela Campanha Jubileu, responsável por outras atividades importantes da esquerda brasileira. Os dois principais exemplos foram os plebiscitos populares sobre a dívida externa e sobre a Áreas de Livre Comércio das Américas (ALCA).
Agora, o Jubileu assume o desafio de reconstituir um plano de ação para os movimentos sociais. "A assembléia quer ser propositiva, que o povo participe com sugestões, com propostas para achar o Brasil que queremos na educação, na saúde, na questão da terra, na política econômica e participação política", explica Luiz Bassegio, do Jubileu.
Segundo Bassegio, ao final da Assembléia Popular será elaborado um documento que trará os principais pontos de reivindicações e políticas dos movimentos sociais para os próximos 20 anos. Ele explica que a idéia não é levar as decisões ao conhecimento do governo. "Entendemos que nossa conversa é com o povo brasileiro. O governo vai ficar sabendo disso através das pressões populares, através das manifestações do povo na rua", afirmou.
As propostas a serem discutidas têm uma longa história, segundo explica Luiz Bassegio. Segundo ele, Nos últimos dois anos foram realizadas mais de 200 Semanas Sociais em todas as regiões do país, além de diversas assembléias populares que abordaram os problemas de cada estado. "A partir desses levantamentos é que tivemos essas propostas concretas para um novo Brasil".