CPT denuncia ameaças de morte a agricultores no Sul do Pará

02/09/2005 - 22h20

Adriana Franzin
Da Agência Brasil

Brasília - A Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri) e Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgaram hoje (2) nota em que denunciam ameaças de morte aos líderes dos trabalhadores despejados de fazendas no Sul do Pará. De acordo com a nota, 4 mil famílias já foram expulsas pela tropa especial da Polícia Militar do Pará, que há três meses vem cumprindo liminares nas propriedades da região.

O texto denuncia que os fazendeiros ameaçam as lideranças e a quem acolher os desabrigados, como ocorreu com as 70 famílias retiradas da fazenda Tibiriçá, na cidade de Marabá, no mês de julho. Segundo a nota, "os fazendeiros da região estão agindo de forma coordenada para reprimir as organizações dos trabalhadores e perseguir suas lideranças".

A Fundação Agrária do Tocantins Araguaia (Fata), que abrigou essas famílias, chegou a ter sua área de produção incendiada no início do mês de agosto.

A Fetagri e a CPT informam ainda que os acontecimentos já foram registrados nas polícias Civil e Federal e criticam a morosidade do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na implementação da reforma agrária no Pará.