Para chefe da Missão da ONU, tropas devem permanecer no Haiti após as eleições

22/08/2005 - 22h32

Brasília, 22/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O chefe da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), Juan Gabriel Valdés, defendeu hoje (22) a permanência das tropas de paz no Haiti após as eleições do final do ano, a fim de que ajudem na construção do novo governo. Em junho deste ano, as Nações Unidas decidiram renovar o mandato da Minustah até 15 de fevereiro de 2006, após a posse do novo governo haitiano.

De acordo com o embaixador chileno, o Haiti vai precisar de tropas no período posterior à eleição por possuir um baixo contingente policial. "Creio ser evidente que um país com 4 mil policiais, e um número de habitantes que mereceria ter 25 mil policiais, não pode prescindir das forças de segurança", defendeu.

Valdés também disse estar convencido de que o próximo governo haitiano receberá financiamento internacional em grande quantidade: "Defendo a realização de uma reunião, logo que assuma o próximo governo, para voltar a discutir a situação financeira do Haiti e examinar o problema".

A Minustah chegou ao Haiti em junho de 2004 com a tarefa de garantir a estabilidade, apoiar a reconciliação política e a retomada do desenvolvimento no país, após a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro daquele ano. A missão tem uma força total autorizada de 7.500 militares e 1.897 policiais. O Brasil contribuiu até o momento com o maior contingente, cerca de 1.200 militares.