Diretor do Banco do Nordeste diz que Brasil precisa estar mais preparado para receber investimentos

22/08/2005 - 13h15

Diego Freire
Da Agência Brasil

Brasília - O diretor de Promoção de Investimentos do Banco do Nordeste, Victor Samuel, diz que "o Brasil precisa estar mais aparelhado, com a criação de uma agencia de desenvolvimento, para tornar o Brasil mais presente nos grandes fóruns de atração de investimentos mundiais".

Em entrevista à Rádio Nacional AM, Victor Samuel comentou a destinação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), tema de seminários realizados na última semana a partir de uma iniciativa do Ministério da Integração Nacional, em parceria com a Agencia do Desenvolvimento da Amazônia e o Banco da Amazônia (Basa).

Para o diretor do Banco do Nordeste, o Brasil está tomando consciência de como atrair capital estrangeiro para o país, que considera os investimentos internos diretos e o capital dos fundos de investimentos para a aplicação em longo prazo, os verdadeiros tesouros. "Isso é tudo que interessa para um país. Esse capital é realmente fixo, e é o que vai gerar emprego e renda. O Brasil está nessa corrida", disse. Ele acrescenta que ano passado o país conseguiu atrair US$ 18 milhões de capital externo, diretos e fixos.

Para ele, o país possuí diversas áreas desenvolvidas que podem atrair os países para investimentos. "Nós possuímos um potencial de desenvolvimento imenso e agora estamos avançando nas nossas fronteiras agrícolas." Ele destaca que no setor siderúrgico, o Brasil está aumentado a produção, precisando de mais investimentos. "O Brasil hoje produz 11 milhões de toneladas de aço e tem um mercado aberto, sem concorrência, de 50 milhões de toneladas".

Ele explica como acontece a troca de experiências nos encontros realizados para estudos de investimentos. "Nós convidamos um japonês expert no assunto onde ele demonstra sua experiência pessoal e assim aprendemos ainda como sermos ainda mais eficientes na atração e na captação desses investimentos externos diretos".