Jorge Eduardo Machado
Repórter da Agência Brasil

Rio - A missa em memória das 29 vítimas da chacina da Baixada Fluminense foi realizada na manhã de hoje (29), na Igreja da Candelária, no Centro do Rio. Na ocasião, também foi inaugurado, na calçada em frente à igreja, um monumento em homenagem aos mortos no massacre nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados. De autoria do artista plástico Antonio Breves, a cruz de ferro, de pouco mais de cinco metros de altura, é adornada com bueiros de rua e lixo reciclado. A obra permanecerá instalada do lado de fora da igreja por 30 dias. Depois, será doada à prefeitura de Nova Iguaçu.

Presente à missa, o promotor Marcelo Muniz, que investiga o caso, afirmou que as denúncias de participação em outros crimes de alguns dos 11 policiais militares presos podem fazer com que eles sejam indiciados por formação de quadrilha. "Como a chacina é um fato diferente dos demais crimes, isso configura nossa possível denúncia também por (formação de) quadrilha. Demonstra que essas pessoas atuavam juntas nesse tipo de crime. É importante a confirmação das novas denúncias, não só pela punição do crime em si, como para configurar a estabilidade que é essencial ao delito de formação de quadrilha", comentou o promotor.

Ainda segundo o promotor, apesar dos indícios, não há certeza de culpa na chacina de todos os 11 policiais presos. Marcelo Muniz também enfatizou que não está excluída a participação de outras pessoas na matança.