Lula destaca importância de ministros visitarem outros países

12/04/2005 - 21h42

Mylena Fiori
Enviada especial

Abuja (Nigéria) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou hoje (12) a importância de os ministros brasileiros visitarem outros países – especialmente os ministros de Relações Exteriores, de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior "e, sobretudo, de Agricultura e de Cultura". Deste time, apenas o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, não integra a comitiva oficial que visita cinco países no continente africano: Camarões, Gana, Nigéria, Guiné Bissau e Senegal.

"Política não se faz via fax, via fone, via internet. Política se faz olho no olho, e como diria o povo brasileiro, no téte a téte. A relação humana é insubstituível", disse Lula em uma curta coletiva em Abuja, capital da Nigéria, pouco antes de embarcar para a Gana.

O presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, fez questão de responder a pergunta direcionada a Lula afirmando que em política, especialmente em relações internacionais, não há substituição para o contato direto com as pessoas. "Agora o presidente Lula não é apenas mais um rosto para mim, mas um presidente de um país da América do Sul. Agora é um amigo, alguém de quem gosto e de quem compartilho as mesmas visões. Agora, quando me mandar uma mensagem, tenho idéia do que está sentindo naquele momento", afirmou.

Sobre as próximas viagens, Lula mencionou a ida a Coréia e Japão, em maio, como "duas viagens extremamente importantes e promissoras" para o crescimento das relações comerciais.

A agenda internacional inclui ainda reunião do G-8 na Escócia em julho. No mesmo mês, o presidente participa, como convidado especial, das comemorações da queda da Bastilha em Paris, por conta do ano do Brasil na França. O presidente também pretende visitar a Rússia e a Itália, onde esteve na última semana para o funeral do papa João Paulo II. Da próxima vez, pretende discutir política e comércio.

Depois, Lula deve se dedicar mais a viagens nacionais, disse. "O mundo não depende mais das relações dos países ricos com os pobres. Hoje nossa relação é plural e se dá fortemente com os países em desenvolvimento, como a China, o Oriente Médio, países da África e da América do Sul."

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