Comissão da Alerj defende união das polícias federal, civil e militar para elucidar chacina do Rio

05/04/2005 - 13h40

Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio - A Comissão de Direitos Humanos das Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) defende a integração entre as polícias federal, civil e militar nas investigações sobre a chacina na Baixada Fluminense. De acordo com o presidente da Comissão, Geraldo Moreira, (PSB), os deputados vão encaminhar hoje (5) às policias um documento, como forma de protesto, onde reivindicam uma unificação das polícias na apuração da maior chacina da história do Rio.

Moreira disse que há inquéritos e procedimentos diferentes nas investigações, o que, segundo o deputado, podem atrasar a solução do caso e a prisão dos responsáveis pelo massacre. "O caso é muito sério e é preciso que ajam em conjunto", destacou.

Geraldo Moreira anunciou ainda que os integrantes da Comissão vão ao 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM) conversar com o comandante. Lá estão presos oito policiais que participaram do assassinato de duas pessoas - uma das quais teve a cabeça decepada e jogada no pátio do Batalhão. Irão também ao 24º BPM, onde os policiais suspeitos de participarem da chacina estão lotados. Além do comandante, os parlamentares querem conversar com os PMs que estão presos.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj também disse que vai convidar o secretário de segurança pública do Rio, Marcelo Itagiba, para prestar depoimento sobre as medidas que serão adotadas pelo estado para punir os maus policiais e evitar que tragédias como a da Baixada Fluminense volte a acontecer.

A data do depoimento ainda não foi marcada.

AD