Vale do Rio Doce diz que aumento no preço do aço não refletirá na inflação

22/03/2005 - 18h08

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O reajuste de 71,5% para o preço do minério de ferro em 2005 negociado entre a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e seus clientes não impactará de forma negativa sobre a inflação medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), garantiu hoje no Rio de Janeiro o presidente da Vale, Roger Agnelli. Ele explicou que o reajuste teve por base o mercado internacional.

Alguns setores reclamam e alegam que estão aumentando seus produtos porque a CVRD reajustou seus preços, reconheceu. "No fundo, tudo aumentou", afirmou Agnelli. Ele citou o exemplo de uma geladeira, cujo preço ao consumidor embute valores relativos ao aço, ao plástico, alumínio, parte eletrônica. "Então, não tem como escolher ou dizer que é uma ou outra coisa. É a condição de mercado. É a condição que todas as commodities subiram, que o preço do petróleo subiu, é a condição que o euro se valorizou frente o dólar e o dólar se desvalorizou contra todas as moedas".

Agnelli analisou que se forem colocados todos esses fatores dentro de uma cesta, se verá que o aumento de 71,5% não é nada excepcional. "Está todo mundo feliz, todo mundo comprando e querendo mais, não tem, e a Vale está investindo para atender a toda essa demanda", declarou.