Intervenção federal na saúde do Rio completa uma semana neste sábado

19/03/2005 - 16h47

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A intervenção federal em seis hospitais do Rio de Janeiro completa hoje (19) uma semana. No dia 11, à noite, o ministro da Saúde, Humberto Costa, decretou em cadeia nacional de rádio e TV estado de calamidade na rede hospitalar do município e requisitou para o governo federal a administração de seis dos maiores hospitais públicos da cidade - da Lagoa, Municipal do Andaraí, Geral de Jacarepaguá, de Ipanema, Souza Aguiar e Miguel Couto estariam a partir daquela data sob administração do governo federal.

Desde então, de acordo com o ministério da saúde, várias medidas foram adotadas para melhorar o atendimento hospitalar. Entre elas a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência sob gestão federal. Houve também a contratação imediata de pessoal, ampliação da oferta de leitos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), realocação de equipamentos do Instituto Nacional de Cardiologia para os hospitais requisitados, compra emergencial de equipamentos e ampliação de serviços de hemodiálise.

Além disso, promoveu também o aumento da oferta de cirurgias eletivas. A ação mostrou-se necessária, uma vez que o Ministério Público Federal identificou mais de 14 mil pessoas na fila esperando por uma cirurgia. O ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou, durante audiência pública realizada na semana passada na Câmara dos Deputados, que o governo possui desde julho de 2004 uma política nacional de cirurgias eletivas de média complexidade com uma verba prevista de R$ 6 milhões para o município do Rio de Janeiro. Recurso que não foi aproveitado porque, segundo o ministro, a secretaria municipal não apresentou projeto para utilizar o dinheiro.