Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O município em parceria com a sociedade pode colaborar na prevenção de crimes e reduzir os índices de violência no país. Um dos instrumentos utilizados é o policiamento comunitário, já implantado com sucesso em algumas cidades brasileiras e estrangeiras, e o governo federal estuda essas experiências para adotar um padrão nacional, que possa ser consolidado em uma política pública.

O tema está em debate no 1º Congresso Latino-Americana de Segurança Cidadã, que começou ontem em Natal, com a participação de mais de quinhentas autoridades policiais e especialistas da Europa e Américas. O secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, disse que uma das idéias é aumentar a participação da sociedade na elaboração e monitoramento de políticas locais voltadas para segurança pública.

O secretário garante que o governo não pretende impor um modelo: "Nós temos que ter diretrizes macro e em cada estado e cada comunidade tratar de conduzir essa política e participar ativamente na elaboração dela, de acordo com as suas peculiaridades e necessidades locais. Em última análise, o que nós queremos é o cidadão diretamente participando da concepção e da implementação de políticas públicas na área de segurança".

Corrêa explicou que um dos objetivos é trazer a esfera municipal de forma qualificada para o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O secretário disse que o Seminário é o momento de mobilizar a sociedade para ter uma visão de segurança cidadã por meio de um conceito de policiamento comunitário.

"Queremos também envolver a sociedade para complementar toda estrutura que foi montada nesses dois últimos anos qualificando a repressão, na formação de gestores. São medidas que vão oferecer resultados a médio e longo prazo e essa aproximação com a sociedade tende a acelerar o processo e alcançar objetivos mais rápidos", afirmou.

O primeiro Congresso Latino-Americano de Segurança Cidadã termina amanhã. Ao final de três dias, os participantes vão produzir um documento chamado "Carta de Natal", onde estarão assinaladas as bases de uma nova filosofia de segurança pública.