Iolando Lourenço e Gabriela Guerreiro
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, considera "legítimo" o debate sobre a reforma ministerial e a sua relação com o apoio dos partidos ao governo no Congresso Nacional. Aldo Rebelo disse que tanto o seu cargo quando os dos demais ministros estão sempre à disposição do presidente da República.

Rebelo afirmou que Lula não fez nenhum comentário com os ministros sobre a ação dos partidos que compõem a base aliada do governo. "O presidente Lula encarrega os ministros, dentre os quais os que tem responsabilidade pela coordenação política, para fazer essa relação [de mudanças nos ministérios]. E não cabe ao presidente fazer julgamento sobre a vida de cada partido", ressaltou.

O ministro ainda garantiu que não está "incomodado", diante de pressões para que entregue o cargo a um membro do Partido dos Trabalhadores (PT). "O PT tem nome, gente qualificada para ocupar qualquer ministério, inclusive da Coordenação Política. Mas isso é uma decisão do presidente", afirmou.

Na avaliação do ministro, a vida política impõe aos partidos "determinadas necessidades em determinados momentos". E ressaltou que vai acatar qualquer decisão tomada pelo presidente Lula. "Pode dizer que gostaria de permanecer ou sair do cargo que pertence ao presidente da República. A articulação política, independente do partido que ocupa a função, tem que seguir as orientações do presidente", disse.

Aldo Rebelo disse ainda que a data para o anúncio da reforma ministerial será decidida pelo presidente. "Ela será anunciada quando o presidente julgar conveniente, necessário e atual". Aldo Rebelo participou, na Câmara dos Deputados, da entrega do projeto de reforma sindical ao presidente Severino Cavalcanti (PP-PE).