Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, vai pedir amanhã (30) à assessoria jurídica do tribunal para ouvir em juízo as explicações do advogado Narciso Fuser, preso em São Paulo e acusado de intermediar a venda de sentenças junto ao STJ.
"Até prova em contrário, essa insinuação é uma injúria grave que se lança contra a credibilidade do STJ, que é o tribunal da cidadania. Entretanto, por mais desagradável que questões como essa possam parecer, considero importante que venham à tona e se vá fundo nas investigações. No fim, se houver culpados, que sejam punidos", declarou Edson Vidigal, em nota distribuída à imprensa neste domingo (29).
Narciso Fuser é um dos 55 presos pela polícia de São Paulo na última sexta-feira (27), acusado de integrar uma rede de tráfico de drogas comandada pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo a polícia paulista, Fuser seria o advogado de defesa de Jair Carlos de Souza, o Jaja, um dos líderes do PCC acusado de comandar as operações criminosas do narcotráfico de dentro do presídio, por meio de um telefone celular.
"Não podemos aceitar essa insinuação e, como primeiro passo, vamos interpelar o acusador, em defesa do bom nome do STJ e de todos os seus integrantes", completou Vidigal.