Raquel Ribeiro e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil

Brasília, 23/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - A escolha do senador Amir Lando (PMDB/RO) para o ministério da Previdência surpreendeu até mesmo alguns setores do PMDB. Até o último momento, os nomes mais cotados do partido no Senado eram Maguito Vilela (GO), Garibaldi Alves Filho (RN), Romero Jucá (RR), Sérgio Cabral (RJ) e Hélio Costa (MG). Na última hora, o senador potiguar desistiu da disputa.

Sem conseguir consenso, o partido deixou nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade de escolher o segundo nome do PMDB para integrar o Ministério. Lando foi o escolhido pelo seu trabalho como líder do Governo no Congresso, mas reconheceu que o resultado foi uma surpresa. "A política é surpreendente. O importante é que ela é dinâmica", resumiu o senador, após ser anunciado como novo membro do Executivo.

Devidamente empossado, Lando prometeu dar seguimento à política previdenciária do antecessor e garantiu que vai conversar com a sociedade, em especial com os aposentados, sobre o caminho a tomar. "Dar continuidade ao trabalho de Berzoini não é uma tarefa fácil. Exige engenho, arte, determinação e amor ao Brasil", disse.

O senador Amir Lando se destacou nacionalmente como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de caso PC Farias, que investigou a rede de corrupção montada no governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. A CPI resultou no impeachment do presidente. Lando foi o primeiro peemedebista a integrar o Governo Lula, ao assumir a liderança do Governo no Congresso em maio do ano passado.