São Paulo, 28/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - "Há 26 anos que eu milito no meio sindical e foi a coisa mais esquisita que ouvi até hoje", afirmou João Felício, secretário-geral da CUT, indignado sobre a matéria da revista Veja desta semana, denunciando que uma equipe do PT montou um esquema promovendo blefes e negociações de bastidores para prejudicar os adversários políticos na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Entre os membros desse grupo, segundo a matéria, estaria o sindicalista da CUT, Carlos Alberto Grana.
Segundo Felício, "este tipo de acusação acaba sendo uma agressão à CUT. Queremos saber qual o objetivo de se plantar uma notícia desta maneira". Ele disse que nem Grana e nem Osvaldo Bargas, outro nome citado, e atual secretário-executivo do Ministério do Trabalho e coordenador Geral do Fórum Nacional do Trabalho, não merecem esse tipo de acusação. "Eu os conheço há muitos anos".
Sobre a decisão de Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, de se desligar do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), por ser um dos adversários que foram vítimas do esquema, segundo a Veja, Felício considerou a decisão precipitada. Paulo Pereira da Silva anunciou também que vai suspender todas as relações que vinha mantendo com a CUT, entre elas a campanha salarial unificada. Outra decisão é que o presidente da Força Sindical também não participará mais do Fórum Nacional do Trabalho.