Líderes lançam manifesto de apoio ao presidente da Câmara

24/07/2003 - 21h39

Brasília, 24/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Em solidariedade ao presidente da Câmara dos Deputados, os líderes partidários assinaram nota oficial, lida em plenário pelo deputado Dr. Enéas(Prona-SP), de apoio e desagravo ao presidente da Casa, João Paulo Cunha. Na nota, os lideres afirmam que a conduta de João Paulo sempre se pautou pelo respeito à democracia e pelo mais profundo respeito às instituições democráticas, pela defesa da soberania e independência do Poder Legislativo e pelo equilibrio na busca de soluções para os problemas que enfrenta a Nação brasileira. Os líderes afirmaram ainda apoio e apreço pelo papel desempenhado por João Paulo no exercício de suas funções constitucionais e hipotecaram confiança na atuação firme e serena diante das graves questões que será obrigado a enfrentar no futuro imediato.

O deputado João Paulo foi duramente criticado pelos servidores públicos em greve contra a reforma da Previdência e por vários deputados por ter autorizado a entrada da Polícia Militar nas dependências da Câmara ontem para conter manifestantes mais alterados que protestavam contra a votação da reforma na Comissão Especial. Ele chegou a chorar na manhã de hoje ao comentar as críticas.

Mas o deputado Babá (PT-PA) discordou do manifesto e lançou ataques ao presidente João Paulo da tribuna. "O seu choro foi dor de consciência, porque você sabe que agiu mal".

Ao responder os ataques do deputado Babá, João Paulo disse que ele (Babá) além de querer ser o dono da verdade, queria também ser Deus para saber o sentimento dos outros. Em defesa do presidente da Câmara, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) acusou o deputado Babá de promover agitações e de falta de caráter. Ferro sugeriu que ele deixasse o partido e procurasse outro rumo.

O vice-líder do Governo, deputado Vicente Cascione (PTB-SP), disse que João Paulo agiu amparado pela Constituição ao pedir o reforço policial e lembrou que foi permitida a entrada de representantes de entidades para assistissem a discussão e votação da reforma previdenciária no Plenário da Comissão Especial e em outras dependências da Casa.

Iolando Lourenço