Blair elogia reformas apresentadas por Lula no encerramento da Cúpula da Governança Progressista

14/07/2003 - 12h07

Londres, 14 (Agência Brasil - ABr) – Durante a Cúpula da Governança Progressista que encerrou hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou a lideranças de 14 países as propostas de reformas que estão em andamento no Brasil. Tony Blair elogiou. "Elas são consistentes e seguem os princípios da Governança Progressista", afimou o premiê britânico.

Participaram do encontro chefes de Estado ou de Governo da Inglaterra, Argentina, Chile, África do Sul, Etiópia , Polônia, Alemanha, Canadá, Suécia, Nova Zelândia, Romênia, Hungria, República Tcheca e Brasil.

Blair disse que o encontro é importante por reunir pessoas de lugares diferentes, com problemas diferentes que tentam encontrar soluções para questões semelhantes: eficiência econômica, disciplina fiscal, combate à corrupção e garantia de justiça social. "Discutimos a importância de permitir aos países em desenvolvimento o acesso aos mercados. Estamos comprometidos a facilitar o livre comércio e a encontrar mecanismos de parcerias", disse.

O presidente Lula disse que ficou feliz por ter participado do encontro. Questionado se era uma contradição, ele participar deste Fórum, pela posição política que defende e pelas críticas que fez ao ex-presidente Fernando Henrique, respondeu: "Eu fui convidado para participar deste Fórum com a certeza de que nós tínhamos o que falar. O presidente Fernando Henrique Cardoso não deixou a situação do país delicada porque participava deste Fórum, e sim porque eu acho que ele acreditou em coisas que não deveria acreditar. E isso não impede que outros presidentes possam participar de todos os Fóruns internacionais a que forem convidados", disse Lula.

A primeira Cúpula de Governaça Progressita aconteceu em 1997 para reunir líderes de centro-esquerda de todo o mundo. "A idéia é aproximar governo do setor privado: levar o setor privado a agir com espírito público do Estado e, o Estado a funcionar com a eficiência do setor privado", explicou Blair.