Brasília, 8/5/2003 (Agência Brasil - ABr) - Brasília sediará o primeiro Passeio Ciclístico Rodas da Paz, no dia 18 deste mês, às 9 horas. Mais de 500 ciclistas, todos vestidos de camisa alaranjada com a logomarca da ONG, Rodas da Paz, vão participar do passeio. Os atletas percorrerão 15 quilômetros em duas horas, passando pelo Congresso Nacional, Avenida das Nações, Ponte JK e retornando ao Congresso. O ministro dos esportes Agnelo Queiroz, vai fazer o percurso com os ciclistas.
A ONG Rodas da Paz, formada por ciclistas, triatletas, especialistas em trânsito e movimento da sociedade civil, como a Bicicletada, pediram hoje um incentivo ao Governo Federal para que o ciclismo tenha condições de ser praticado com segurança nas pequenas e grandes cidades do País. Segundo a presidente da ONG, Beth Veloso, o crescente aumento da violência no trânsito é um dos principais fatores que impedem o crescimento do ciclismo.
Em Brasília, cidade modelo de campanhas para educação no trânsito, a média é de uma morte de ciclista por semana. Segundo Beth Veloso, isso ocorre porque os ciclistas não conhecem seus direitos e deveres, e nem como se proteger. Os motoristas também desconhecem as leis de trânsito. "Esse movimento é para trabalhar pelos atletas, mas principalmente pelo uso da bicicleta como meio de transporte", afirmou a presidente da ONG.
"Os profissionais de trânsito não respeitam os ciclistas, estão sempre tentando tirar uma fina da gente, passando muito próximo, e isso é muito perigoso. Aqui em Brasília não tem área própria de ciclovias e falta muito estímulo para os ciclistas iniciantes. Isso é uma pena, porque Brasília por ser uma cidade plana, é bastante favorável ao treino e a prática do ciclismo. Mas o problema geral aqui é a educação dos motoristas no trânsito", disse Rodrigo Brito, único ciclista profissional de Brasília.
O ministro Agnelo Queiroz disse que as campanhas de educação, consciência e respeito no trânsito, precisam ser feitas, mas que esta ação do Governo Federal deve ser realizada juntamente com a sociedade. "É necessário haver uma certa mobilização da sociedade nessas campanhas", afirmou.