CNTBio tem novo presidente

08/04/2003 - 22h16

Brasília, 8/4/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, anunciou, hoje, o nome do novo presidente da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). Erney Camargo, que também é presidente do CNPq, terá um mandato de um ano à frente da Comissão, podendo este ser renovado por mais um ano.

A comissão Técnica Nacional de Biossegurança foi criada em 1996 e tem como principais atribuições estabelecer normas relativas às atividades que envolvam transgênicos e emitir parecer técnico conclusivo quanto aos pedidos de liberação planejada no meio ambiente de organismos geneticamente modificados.

A Comissão é composta por 36 membros, 18 titulares e 18 suplentes, entre os quais cientistas, representantes de órgãos de proteção da saúde do trabalhador, de defesa do consumidor, do setor empresarial de biotecnologia, além de representantes dos ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia, Educação, Meio Ambiente, Relações Exteriores e Saúde.

Erney Camargo, 67 anos, é médico e atua na área de biologia molecular de parasitas e epidemiologia da malária. Concluiu pós-doutorado no Institut Pasteur, França, doutorado e graduação na Universidade de São Paulo.

Formou-se em 1959 na Faculdade de Medicina da USP e iniciou sua carreira científica ainda no segundo ano do curso do medicina no Departamento de Parasitologia.

Entre os cargos que ocupa e já ocupou estão: Professor Titular, Escola Paulista de Medicina; Professor Titular, Universidade de São Paulo; Chefia de Departamentos nas duas Instituições; Vice-Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas; Pró-Reitor de Pesquisa da USP; Presidente da Comissão de Biotecnologia do Governo de São Paulo; membro do Conselho Deliberativo do CNPq, membro do Conselho Técnico Científico da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, do Conselho Superior do Instituto Butantan e do Conselho Curador do Hospital Antonio Prudente; Diretor do Instituto Butantan e membro do STAC (Scientific and Technological Advisory Committee) da Organização Mundial da Saúde.

Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Protozoologia e é membro das Sociedades Brasileiras de Bioquímica e Parasitologia, da Linnean Society of London e da Academia Brasileira de Ciências. Além disso, formou 11 mestres e 8 doutores, e publicou mais de 90 trabalhos em revistas de circulação internacional, sobre tripanossomas e malária, além de outros tantos, em veículos diversos. Antes de aceitar o convite para presidir o CNPq, ocupava o cargo de diretor do Instituto Butantã, em São Paulo.