Rio: CPI da Corrupção acerta troca de informações com Ministério Público

07/02/2003 - 20h26

Rio, 7/2/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os integrantes da CPI da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro que apura denúncias de Corrupção na Fiscalização de Fazenda do estado tiraram a sexta-feira para acertar um esquema de troca de informações com o Ministério Público, tanto em nível estadual como federal. O primeiro encontro foi com a procuradora Marylucy Santiago Barra, responsável pelo inquérito no Ministério Público Federal, que já encaminhou um ofício a todos os bancos do país para que informem sobre a existência de contas dos acusados. O órgão criou ainda o endereço eletrônico denunciafacil@prrj.mpf.gov.br para receber informações que facilitem as apurações.

No segundo encontro, integrantes da CPI estiveram com o Procurador-Geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antônio Vicente da Costa Júnior.

O presidente da CPI,deputado Paulo Mello,disse que a comissão vai repassar ao Ministério Público estadual todas as informações conseguidas e deu como exemplo os cruzamentos de dados que serão feitos pelos auditores cedidos pelo Tribunal de Contas do Estado à CPI. Paulo Mello disse que é intenção da comissão concluir primeiro as apurações que envolvem os cinco fiscais estaduais acusados de corrupção e que teriam contas na Suiça. "Lúcio Picanço, Silveirinha, Rômulo, aquelas pessoas envolvidas são metástase de um grande câncer. Nós queremos encontrar o tumor principal que certamente está na secretaria estadual de Fazenda ou na secretaria da Receita e que independe da questão governamental. É lá que queremos chegar", disse o presidente da CPI.

O Procurador-Geral de Justiça disse que vai se reunir na próxima segunda-feira (10) com os três promotores que atuam no caso, em nível estadual. Ele quer que todos trabalhem em harmonia para apressar os trabalhos. "Vamos conversar para que não haja, digamos, um pedido de diligência que já esteja atendido em outro procedimento", explicou Antônio Vicente da Costa Júnior.

A Promotora Ana Paula Cardoso vai decidir se podem ser acatados os pedidos de prisão preventiva dos acusados encaminhados pela CPI. A decisão deve ser divulgada na semana que vem.