Buenos Aires, Argentina,1/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Base Aérea Militar de Buenos Aires, que fica próximo ao aeroporto civil do Aeroparque, por volta das 22h20 deste domingo. Ele foi recebido pelo chanceler argentino Carlos
Ruckauf, e pelo embaixador do Brasil na Argentina, José Botaforgo Gonçalves. O mau tempo em São Paulo, com chuva, teria sido a causa do atraso do avião que transportava Lula. Ele vai ficar hospedado na residência oficial da Embaixada Brasileira na capital argentina.
Antes do desembarque de Lula, o assessor do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, que está em Buenos Aires, disse que a visita do presidente eleito é uma manifestação de solidareiedade ao país vizinho e uma demonstração de que o novo governo vai priorizar a consolidação do Mercosul.
No encontro que terá no dia 10 de dezembro com o presidente dos Estados Unidos, George Bush, Luiz Inácio Lula da Silva pretende tratar da questão argentina, demonstrando que a estabilização da economia do país vizinho é fundamental para a consolidação do Mercosul, disse o assessor. Marco Aurélio acrescentou que a agenda do encontro com o presidente argentino Eduardo Duhalde, nesta segunda feira, na residência de Olivos será aberta, livre, "mesmo porque temas mais específicos só poderão ser discutidos a partir de 1 de janeiro".
Quanto às eleições presidenciais argentinas, previstas para abril próximo, Marco Aurélio Garcia afirmou que "independentemente de quem ganhe as eleições, o tema do desenvolvimento será muito forte". O desenvolvimento, disse, é um tema coincidente com o programa de governo de Lula.
Garcia diz que não vê motivos para que o novo governo suspenda qualquer tipo de negociações - sejam biletarias ou no âmbito do mercosul - com o atual governo Duhalde, mesmo porque, destacou, o Brasil pretente ampliar suas relações com a Argentina, indendentemente do governo que vier a ser eleito.
O assessor adiantou que Luiz Inácio Lula da Silva não irá à Dinamarca, participar do encontro de chefes de Estado da Europa, devido a problemas de agenda. Mas pode ser que o presidente eleito ainda vá À Europa antes da posse, porque já recebeu convites dos governos do Reino Unido, França, Espanha, Alemanha e Portugal, entre outros.
Texto: Ivana Diniz Machado
Reportagem: Marcos Chagas