SC terá sistema de rastreabilidade bovina

25/11/2002 - 7h38

Brasília, 25/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O contrato de implantação do Sistema Integrado de Rastreabilidade Bovina será assinado hoje em Florianópolis (SC), pela Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc) e a empresa gaúcha Planejar. A meta inicial é atingir 100 mil animais rastreados. A Planejar é credenciada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como entidade certificadora no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) e desenvolve atividades de rastreamento e certificação de origem do rebanho bovino por meio do Sistema Integrado de Rastreabilidade Bovina (Sirb).

O diretor da Faesc, Nelton Rogério de Souza, disse que a assinatura do contrato permitirá aos criadores cumprir as exigências da Instrução Normativa Ministerial nº 1, de 9 de Janeiro de 2002, que instituiu o rastreamento. A empresa fará o desenvolvimento e a atualização do sistema, manterá o endereço eletrônico de acesso ao Sirb (www.sirb.com.br) em funcionamento em tempo integral, garantirá segurança de ambiente internet, fornecerá todos os programas de computador (softwares) e manterá infra-estrutura de hardwares suficiente para garantir o armazenamento e gestão do banco de dados.

Será criado, simultaneamente, um instrumento de comunicação para disponibilização de informações do setor agropecuário com o Fundo Nacional de Defesa da Pecuária e Faesc por meio da internet. A vantagem de uma parceria como essa, explica Nelton Souza, é a pulverização dos atendimentos. A intenção é que profissionais dos sindicatos sejam treinados e possam atender aos produtores, transmitindo as informações para a certificadora por meio da internet. Essa possibilidade de integração reduzirá custos, na medida em que não haverá necessidade de deslocamento a longas distâncias para o atendimento aos produtores.

Segundo o Ministério, até 2008 todo o rebanho brasileiro deverá estar rastreado, o que permitirá a manutenção de informações do nascimento do animal ao momento em que sua carne for processada para ir à mesa do consumidor. A prioridade é atender aos criatórios voltados para a exportação. No ano passado, 50% das exportações brasileiras de carne destinaram-se aos europeus. A expectativa é que os frigoríficos paguem um valor mais alto pelo produto rastreado, estimulando o criador a investir no processo. Muitos estados, como Goiás e Mato Grosso do Sul, pagam R$ 2,00 a mais por arroba para o animal rastreado.