Jornada de Urologia discute tratamento oral da disfunção erétil

22/11/2002 - 12h44

Rio, 22/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A XV Jornada Carioca de Urologia, que continua até amanhã (23), no Hotel Intercontinental, apresenta e discute os avanços no tratamento oral da disfunção erétil, a incontinência urinária em idosos e crianças e tipos de cânceres que afetam o aparelho urinário. A disfunção erétil (doença de Peyronie) afeta 152 milhões de homens em todo o mundo, sendo mais de 30 milhões somente nos Estados Unidos e 10 milhões no Brasil. Entre as causas relacionadas, segundo especialistas, incluem-se doenças cardiovasculares, o diabetes e o tabagismo, além de fatores psicológicos.

Um novo medicamente oral foi apresentado para os 500 médicos participam da jornada. Segundo o médico Sidney Glina, chefe do Departamento de Reprodução Humana do Hospital Israelita Albert Einsten e do Departamento de Urologia do Hospital Ipiranga. Segundo ele, o medicamento estará no mercado brasileiro em 2003. Trata-se de um inibidor da enzina Fosfodiesterase Tipo 5 E5), que está em estágio final de aprovação para o tratamento da disfunção erétil. A enzima, segundo o médico, existe no orgão reprodutor masculino e, quando temporariamente inibida, provoca um alongamento do processo químico da ereção, tornando mais fácil a ocorrência da ereção.

Segundo o urologista, o Cialis começa a agir a partir de 30 minutos e continua fazendo efeito por até 36 horas, permitindo que as ereções ocorram de forma natural, desde que haja estiúmulo sexual. A empresa Lilly, responsável pelo lançamento, informa que estudos realizados constataram
que 81% dos homens que tomaram o Cialis obtiveram melhora da ereção e que 75% das tentativas de manter relações sexuais foram bem sucedidas com o remédio. O médico adiantou, ainda, que a ingestão de bebida alcoólica não altera sua ação.