Índios também ajudam no combate à dengue

22/11/2002 - 11h06

Brasília, 22/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O combate à dengue em Nova América, a 230 quilômetros de Goiânia (GO), ganhou a adesão especial dos índios Tapuia, aldeados no município. Eles participarão das atividades da semana D de combate à dengue , organizada pela prefeitura local, com apoio da coordenação regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Na última segunda-feira, foi organizado um mutirão de limpeza na aldeia e amanhã (23) haverá uma passeata pela cidade, com a participação de 30 índios.

A iniciativa dos índios Tapuia integra-se ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Comitê Nacional de Mobilização Social contra a Dengue, instalado em 1º de outubro, para discutir e articular ações que envolvam todos os segmentos sociais no combate à doença. A coordenação é exercida pela Funasa que está promovendo reuniões para avaliar a implementação das atividades previstas para o Dia D de combate à dengue, amanhã (23), e outras iniciativas que possam ser realizadas durante os meses que antecedem o verão, para evitar a ocorrência de dengue.

No Dia D deverão ser identificados, eliminados ou tratados objetos que possam se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Objetos que possam acumular água são os potenciais criadouros do mosquito, como garrafas e pratos dos vasos de plantas. Cerca de 90% dos focos do mosquito da dengue estão nos domicílios.

Para garantir o sucesso das ações de mobilização social, a Funasa convidou cerca de 30 importantes instituições privadas e públicas para integrar o Comitê Nacional. Fazem parte do Comitê, o Ministério da Saúde e outros órgãos governamentais, representações de classe e de setores produtivos e representantes de organizações não-governamentais.

A criação do Comitê Nacional está prevista no Programa Nacional de Controle da Dengue, lançado em 24 de julho. O programa conta com recursos de cerca de R$ 1 bilhão. As metas são reduzir a menos de 1% a infestação predial pelo Aedes aegypti em todos os municípios brasileiros; reduzir em 50% o número de casos em 2003, em relação a 2002 e em mais 25% nos anos seguintes; e a menos de 1% os óbitos por dengue hemorrágica.