Brasília, 22/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Ministério da Saúde, em conjunto com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Infraero, distribuiu fita de vídeo a todos os aeroportos do país com informações sobre como as pessoas podem prevenir e combater o mosquito da dengue. A fita traz 11 filmetes, dois com 30 segundos e nove com dez segundos, que lembram que fiscalizar é também um papel da população e deve fazer parte da rotina de cada um.
Os vídeos da série "Não dê mole para o mosquito da dengue" serão veiculados durante a programação dos canais de TV fechada dos aeroportos, exibida nas salas de espera dos vôos. Reforçam a importância de, mesmo em trânsito, as pessoas se engajarem na mobilização nacional contra a doença. Os filmes explicam como não deixar água parada nos locais de proliferação do aedes aegypti: garrafas, pneus, lajes, calhas, pratinhos de plantas, caixas d'água, tonéis, lixo e terrenos baldios.
A Anvisa é uma das integrantes do Comitê Nacional de Mobilização Social contra a Dengue. O Comitê foi instalado em 1º de outubro para articular ações que envolvam todos os segmentos sociais no combate à doença. A coordenação é exercida pela Funasa, que está à frente das ações preparativas para amanhã (23), o Dia D de Combate à Dengue. Toda a população, em todos os estados, deverá identificar, eliminar ou tratar objetos que possam se transformar em criadouros do mosquito transmissor da doença. Cerca de 90% dos focos estão nos domicílios.
Para garantir o sucesso das ações de mobilização social, a Funasa convidou cerca de 30 importantes instituições privadas e públicas para integrar o Comitê Nacional. Fazem parte do Comitê, além da Anvisa, o Ministério da Saúde e outros órgãos governamentais, representações de classe e de setores produtivos e representantes de organizações não-governamentais.
A criação do Comitê Nacional está prevista no Programa Nacional de Controle da Dengue, lançado em 24 de julho. O programa conta com cerca de R$ 1 bilhão. As metas são reduzir a menos de 1% a presença do aedes aegypti em todos os municípios brasileiros; reduzir em 50% o número de casos, em 2003, em relação a 2002, e em mais 25% nos anos seguintes; e a menos de 1% os óbitos por dengue hemorrágica.